Hoje é um dia muito legal: o dia do repórter. Eu sou estudante de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, e curso o segundo semestre do curso (por causa da greve) na Universidade Federal do Pará. Sou estagiária na Assessoria de Comunicação da própria UFPA, mais conhecida como Ascom.
Mas, afinal, o que é ser repórter?
O repórter é, antes de mais nada, um jornalista. Seja para qual meio de comunicação ele trabalhe, sua principal função é transmitir de forma clara, verdadeira e objetiva os acontecimentos de interesse público à sociedade. Esse profissional pode trabalhar em: impresso (jornais e revistas), online (sites, portais, blogs), televisão, rádio e empresas privadas.
A melhor parte de ser repórter é levar o público a conhecer as coisas sob todos os ângulos possíveis, com maior pluralidade possível. Já a pior parte talvez seja o cansaço do trabalho. Uma notícia não tem hora pra acontecer. E a palavra “notícia” já diz que precisa ser uma coisa nova. Se aconteceu agora, tem que publicar agora. Ou seja, a cobertura, as entrevistas e a escrita do texto precisam ser rápidas. No jornalismo, talvez o maior perigo seja se tornar um profissional sem credibilidade, o que acontece quando somos parciais.
Quais as características desse profissional?
1- Ética: claro, esse é o primeiro critério. Na verdade, é uma característica necessária em qualquer profissão. Um jornalista sem ética é capaz de fazer qualquer coisa para alcançar o resultado que deseja: mentir, omitir, ser tendencioso, etc.
2- Curiosidade e interesse: um repórter deve ser curioso e ter interesse nos fatos que ocorrem no dia-a-dia, além de sempre querer saber mais.
3- Paciência, simpatia e educação: isso não pode faltar. Não adianta querer entrevistar alguém sendo impaciente e apressado. Precisamos saber ouvir o que a pessoa tem a dizer, mesmo que não seja interessante para a matéria.
4- Disciplina e organização: um repórter tem prazos para tudo, desde fazer entrevistas até entregar a matéria para publicação. Um ponto fundamental nessa profissão é a disciplina, e isso engloba pontualidade, não chegar atrasado no trabalho, organizar suas entrevistas, não perder gravações, etc.
5- Respeito ao entrevistado e delicadeza: como eu já disse, sempre escute o entrevistado. Nunca seja grosso com ele e nem o corte quando estiver falando. Além disso, respeite a privacidade dele, afinal, é necessário ter uma boa relação com a fonte.
Eu sempre gostei muito de escrever. Desde os meus oito anos de idade tenho blogs. Claro, antes era sobre o Clube das Winx, e agora é bem mais evoluído que isso, mas o fato é que escrever é uma característica minha desde pequena. Eu devo ter tido quatro blogs entre 08 e 11 anos de idade, todos diferentes entre si. Resolvi criar esse aqui em 2014, quando estava no convênio e ainda não sabia pra que curso iria prestar vestibular. Nesse mesmo ano, um pouco antes de criar o blog, escrevi uma matéria para o Jornal Circulando, fundado por um professor do Ensino Médio. Foi então que eu percebi que queria escrever tudo que me interessasse e interessasse as pessoas também.
Enfim, passei em Jornalismo na UFPA e iniciei em 2015. Comecei a estagiar em novembro na Assessoria de Comunicação, logo que a greve acabou. Lógico que a teoria e as aulas em sala são muito importantes para o aprendizado, mas devo dizer que foi a parte prática que me ensinou quase tudo. No começo, eu falava mais sobre eventos que iriam ocorrer aqui na Universidade, olhando o release e escrevendo textos sobre isso. Depois, comecei a fazer cobertura e entrevistas. Foi difícil no início, e eu sempre preferia mandar as perguntas por e-mail, mas hoje até que gosto de fazer por telefone. A única coisa ruim é que mal dá tempo de anotar.
Acho que até hoje, o mais “complicado” que já fiz na Ascom (entre aspas porque, na verdade, foi muito legal fazer) foi a cobertura da divulgação do listão, quando centenas de alunos e vestibulandos esperavam ouvir o nome no listão na UFPA. Eu achei divertido porque é muito bom ver a emoção das pessoas: gente chorando de alegria pra todo lado.
Enfim, essa é a minha experiência como repórter. O que eu mais gosto de fazer é escrever, claro, e não sei se quero ir pra televisão. Prefiro ficar nos bastidores.
Para o futuro
Essa é a pior parte. Não gosto de pensar muito em quando eu me formar porque é meio assustador, já que eu nem decidi a área que quero seguir ainda. Mas, acho que vou tender para a parte online. Eu gosto de escrever em sites, blogs, etc., acho que combina bem mais comigo e me sinto a vontade.
E enfim, é isso, gente. Feliz dia do repórter! Pensem nessa profissão =)